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Experiente com transporte de outros medicamentos e imunizantes, Brasil perde vacinas da COVID-19 por falhas primárias, afirma especialista

Antes mesmo do início do Plano de Nacional de Imunização com a chegada da vacinação contra a COVID-19, especialistas já previam a necessidade de uma organização para armazenamento e distribuição do produto em temperatura ideal para que o produto chegasse ao destino mantendo sua qualidade e eficácia.

Para não haver perda de doses, como as que temos assistido em algumas cidades brasileiras, e para o êxito da imunização em massa, é essencial atenção aos protocolos e boas práticas da cadeira do frio (Cold Chain), ou seja, estudos e simulações executadas por equipes especializadas para garantir a eficácia dos imunobiológicos, especialmente durante o transporte. Para essa dinâmica são necessários testes de armazenagem, conservação, manuseio, distribuição e transporte, em favor da manutenção da temperatura em todos os elos da cadeia de distribuição.

Se por um lado há um cenário de que a vacina é a esperança para controlar a pandemia, por outro, é alarmante os dados sobre o desperdício de doses e falta de vacinas por problemas que evidenciaram erros na armazenagem, falta de controle de temperatura, ausência de qualificação e, especialmente, de planejamento que causam um grande prejuízo a saúde da população. “Agora estamos nos deparando muito com o tema, mas a Cadeia do Frio é algo que existe há muito tempo no Brasil, pois todo e qualquer medicamento e vacinas transportados por aqui, por exemplo, exigem análise criteriosa e protocolos rígidos de manuseio, contudo os erros e falhas nesta cadeia impactam diretamente na falta de imunização da população”, explica a especialista Liana Montemor, Diretora Técnica e de Estratégia Cold Chain do Grupo Polar.

De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), aproximadamente 50% das vacinas em todo o mundo são perdidas por problemas na Cadeia do Frio, principalmente, em relação às excursões de temperaturas. Com a finalidade de oferecer soluções para esse problema das perdas de doses, o Grupo Polar, atuante em nível nacional, apresenta um know-how em transporte de produtos de saúde que vai desde a qualificação da caixa de transporte, a refrigeração térmica, até o monitoramento on-line. “É triste ver que uma vacina perdeu sua eficácia por quebra da cadeia e excursão de temperatura. Imagina um profissional aplicar a vacina, mas as pessoas não estarem realmente imunizadas. Costumamos fazer uma comparação: quando um alimento estraga, percebemos facilmente. Já a vacina é diferente, pois não possui características visuais que apresentem seu comprometimento. E, nesse momento difícil que estamos vivendo, o que mais queremos ver a população imunizada, e não apenas vacinada”, revela Liana.

“Esse é um desafio para um país com dimensões como o Brasil, por isso, para que todo esse trabalho seja realizado para manter a qualidade e os efeitos terapêuticos, oferecemos tecnologia, inovação, além de uma equipe técnica qualificada – formada por farmacêuticos e engenheiros químicos”, explica a especialista.

Além da Cadeia do Frio incluir uma estrutura técnico-administrativa orientada por meio de normatização, planejamento, avaliação e financiamento, que visa à manutenção adequada, com o objetivo de expandir seu expertise, o Grupo Polar mantém o compromisso contínuo em desenvolver soluções térmicas e promove palestras e treinamentos gratuitos com a finalidade de promover a capacitação aos profissionais das áreas pública e privada, incluindo os auditores fiscais da Agência Regulatória. Inclusive, recentemente, foi aplicado treinamento para técnicos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e alguns governos estaduais. “Precisamos ter o olhar detalhista para todos os lados, seja na parte técnica, seja na parte humana”, conclui Liana Montemor.

Tecnologia, investimento e sustentabilidade em foco a favor da imunização

Especialista em soluções Cold Chain para o mercado nacional, o Grupo Polar (SP) já ultrapassa o investimento de R$ 2 milhões em compra de equipamentos e matéria-prima, a fim de garantir estoque e rodar na maior capacidade a qualquer momento. Isso para que possa disponibilizar, por exemplo, gelo seco e um dos mais recentes lançamentos, o primeiro elemento térmico nacional (não-gelo) desenvolvido para assegurar a manutenção térmica de itens que precisam de temperaturas negativas, o Super Cold®, um Phase Change Material (PCM).

O gelo seco, tradicionalmente usado para esse tipo de transporte, pode ser nocivo para os operadores e transporte aéreo quando manipulado em grande quantidade, pois quando sublimado elimina gás asfixiante. As embalagens para transporte, especialmente no caso da vacina da COVID-19, são itens igualmente determinantes na manutenção da temperatura.

“Olhando para uma ação nacional desta complexidade, insistimos na necessidade de garantir o controle da temperatura, o que deve ser realizado por meio de testemunhas eletrônicas (dataloggers) embutidas dentro das embalagens e programadas para emitir comunicação com uma central, caso a temperatura oscile mais do que deve”, comenta a especialista da Polar ao dizer ainda que a combinação de novas formulações de PCM, como o Super Cold®, alcançam temperaturas de até 80ºC negativos.

Outro ponto de atenção alertado pela equipe especializada do Grupo diz respeito ao armazenamento das doses de vacina nos postos de saúde que, da mesma maneira que no transporte, é determinante que haja geladeiras qualificadas para manutenção de temperatura, bem como treinamento de pessoal para medição ao longo de todo o processo até a aplicação em si.

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