UBES APRESENTA NOTA TÉCNICA E GUIA DE PROTOCOLO DE ESTRATÉGIAS PARA A EDUCAÇÃO NA PANDEMIA
Diante da falta de propostas e formulação do Governo e do MEC para as questões da educação e os desafios impostos pela pandemia, a União Brasileira dos Estudantes (UBES) construiu soluções. A entidade estudantil junto ao Centro de Estudos e Memória da Juventude (CEMJ) uma Nota Técnica: “Direito Humano à educação na pandemia” e um Programa de Estratégias e Protocolos para a Educação, que serão enviados a todos os Secretários de Educação e para o MEC.
Os documentos colocam luz sobre diversas questões educacionais e mostram diferentes perspectivas sobre assuntos pouco debatidos durante a pandemia como, por exemplo, a segurança alimentar e o acolhimento de profissionais de educação diagnosticados com Covid-19.
Em suas 61 páginas, a Nota Técnica faz uma análise de todo o impacto da pandemia na educação e oferece estratégias para lidar com a suspensão das atividades presenciais e construir alternativas para uma reabertura progressiva, segura e justa para educandos e educadores.
As Estratégias e Protocolos para a garantia de Educação a todos, no qual as entidades descrevem a ação, o resultado esperado e encaminhamentos e orientações foram formuladas sugestões assertivas, consistentes, democráticas e responsáveis, tanto para a educação não-presencial, nesse período mais crítico da pandemia, quanto para o retorno seguro.
“Estamos enviando os documentos para todos os órgãos responsáveis e realizaremos uma rodada de reuniões com secretários de educação pelo Brasil. É importante ressaltar que no último ano, nós estudantes estivemos às voltas com a pandemia e buscando soluções para mitigar a fome, a falta de internet e ter condições mínimas para estudar, enquanto o Governo de Bolsonaro espalhava Fake News”, explica Rozana Barroso, presidente da UBES.
A nota técnica reforça que a pandemia de Covid-19 produziu uma crise sanitária e de saúde que se apresentou de modo contundente e desafiador em praticamente todos os países do mundo. “Ela impôs, de modo urgente e incontornável, a necessidade de mobilizar recursos financeiros, capacidades estatais de gestão e de governança, estruturas burocráticas e da sociedade civil para oferecer uma resposta razoável a problemas de diferentes tipos.
Todavia, justamente por sua magnitude, a experiência das diferentes sociedades com a crise sanitária e de saúde que a pandemia causou foi extremamente desigual.
No caso brasileiro, o padrão abissal de desigualdades econômicas, raciais e de gênero foi alargado e aprofundado com a pandemia de Covid-19. Além disso, a conjuntura política e institucional, marcada por uma liderança nacional negacionista, com forte vetor autoritário e com baixíssima capacidade técnica para a construção de caminhos seguros para enfrentar o momento tem produzido efeitos devastadores.”