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Dia do Artista: professora estimula estudantes a se expressarem por meio das artes

Projeto visa dar embasamento das técnicas artísticas para as alunas desenvolverem desenhos

Música, dança, literatura. Qual expressão artística está presente no cotidiano dos estudantes? No dia a dia de Maysa Silva, Luana e Luane Pardo, do 6º ano, o desenho é que as guia para exercitar a criatividade, expressarem-se com o mundo e deixarem as  páginas dos cadernos mais bonitas. Orientadas pela professora de Artes, Cris Pimentel, elas começaram a aprender as técnicas de traços e cores e sonham, dentre tantas coisas, em serem artistas reconhecidas pelo talento.

As alunas e a professora são da Escola Estadual Nathália Uchôa, na zona sul de Manaus, onde se reúnem nos tempos vagos para terem orientações. A docente desenvolve o projeto “Formando Artistas: o desenho como base para o início de uma vida artística”, um dos 712 aprovados no Programa Ciência na Escola (PCE), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado Amazonas (Fapeam).

Com quase 20 anos no meio, Cris conta que começou a gostar das expressões artísticas com o pai e, desde cedo, almejava seguir a carreira. Neste dia 24 de agosto, Dia do Artista, ela diz que quer, com o projeto, incentivar os estudantes a se mostrarem e não terem vergonha de se expressar.

“Estudei com o professor Anísio Mello e desde lá estou no ramo, não me vejo fazendo outra coisa. Eu vejo que com ela posso ajudar outras pessoas, por exemplo, as alunas mostram os desenhos e eu tento mostrar a elas que a arte está em tudo. Na pandemia, tivemos muitas lives e, aqui em Manaus, temos muitas galerias físicas, então, a ideia que tive foi de montar uma galeria digital na escola, botar as crianças, os talentos”, explica Pimentel.

As gêmeas Luana e Luane, de 12 anos, gostam de desenhar mangá. Ambas assistem a animes e tentam copiar os personagens, com traços e cores de cada um. Agora, elas querem conseguir fazer desenhos mais realistas e criados da própria cabeça. “Eu sinto muita alegria quando estou desenhando, e sinto que as pessoas também ficam alegres quando recebem os desenhos”, diz Luana.

Luane, dentre as profissões que quer seguir, também quer ser desenhista profissional. “Dá para a gente levar a arte para todos os lugares, se inspirar. Eu quero conseguir fazer meus próprios desenhos, sem ‘colar’ dos que já existem”, entrega a estudante.

Técnicas aprimoradas – Maysa Silva, também de 12 anos, conta que queria fazer um curso de desenho, mas não conseguia arcar com o alto custo. Com as aulas gratuitas da professora na própria escola, ela teve o estímulo para seguir criando.

“Eu quero ser dubladora e desenhista, criar histórias, mangás. Quero fazer desenhos bons, vendê-los, ter renda, sabe? Fiquei muito feliz quando a professora me convidou, porque estudando eu vou aprender os traços, melhorar. O meu primeiro desenho foi o Kakashi [personagem de anime], que fiz para presentear um amigo, aí vi que ficou bom e fui tentando outras formas. Para mim, a arte traz felicidade, tira a gente do mundo real, nos distrai, afasta a gente dos problemas, é ótimo”, avalia a estudante.

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