Amazonas

Projeto apoiado pela Fapeam ganha destaque em evento do Ministério da Ciência e Tecnologia

O projeto surgiu por meio de diálogos entre o Nepa, Unesco e ONU

O projeto “Meninas na Astronomia – Iniciação Científica Júnior”, idealizado pelo Núcleo de Ensino e Pesquisa em Astronomia (Nepa), apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), ganhou destaque nacional do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), nesta quarta-feira (29/09), durante o evento POP Ciência MCTI, realizado no auditório Floriano Pacheco, na sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

A ação, promovida pelo ministério, contou com a presença do titular da pasta, o astronauta Marcos Cesar Pontes, do coordenador geral do Nepa, Nélio Sasaki, do superintendente da Suframa, Algacir Antonio Polsin, entre outros representantes de órgãos do Governo do Amazonas, e teve o objetivo de apresentar as principais ações do governo federal nos últimos mil dias.

“O fortalecimento das ações incentivadas pela Fapeam tornou o estado do Amazonas com maior número de planetários móveis da região Norte.  O estímulo a essas ações promovidas pela Fundação culminou na inserção dos planetários de Manaus e do município de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus)”, destacou o coordenador geral do Nepa, Nélio Sasaki.

Rhany Dantas, 16, aluna do 1º ano do ensino médio, uma das participantes do “Meninas na Astronomia”, destacou a importância do projeto, principalmente pelo incentivo para as meninas adentrarem no campo da ciência, mais especificamente na astronomia.

“Esse momento de reconhecimento se torna mais importante porque estou encorajando outras meninas da minha idade, ou até mais novas, a fazerem parte de uma proposta que encoraja, nós meninas e mulheres, a caminhar para a área de exatas. Eu, por exemplo, fui estimulada pela minha professora e por amigas que têm curiosidade pela astronomia. Hoje, elas vivem me perguntando como é estar vivenciando essa área e digo que é gratificante participar de áreas que antes eram exercidas pelos meninos”, acrescentou.

A estudante Edla Dhully,15, também aluna do 1º ano do ensino médio, ressaltou que não é somente importante visar a astronomia e o que está relacionado a ela, mas é essencial a participação feminina. “Esse projeto me estimula a cada dia. Estou conhecendo várias áreas da astronomia que antes nem imaginava que existiam e, a cada passo dado, fico mais interessada em seguir a carreira”, completou a estudante.

Começo – Conforme observou Nélio Sasaki, o projeto surgiu por meio de diálogos entre o Nepa, Unesco e ONU. Entre uma conversa e outra, a ONU ressaltou sobre a importância da existência de ações globais mais inclusivas e a Unesco complementou com dados, os quais mostravam o perfil da participação das mulheres na ciência. E, pensando nessa inclusão, o Nepa implementou módulos de iniciação à pesquisa –voltados para pesquisadoras mirins, por meio da plataforma digital AVAUEA.

“Nesse contexto de respeito e valorização às mulheres o ‘Meninas na Ciência’ vem com essa ideia de inclusão, propondo uma reeducação para maior participação feminina em qualquer nível da educação. Precisamos entender que nossas mulheres merecem ser respeitadas em todos os espaços, independentemente da área que ela queira exercer”, ressaltou o coordenador geral do Nepa.

Amostras – No evento foram apresentados, também, os seguintes eventos: mostra de foguetes do programa Espacial Brasileiro; oficina do programa Caça Asteróide; oficina de dobraduras de satélites, foguetes; oficina de lançamento de foguete de garrafa pet; apresentação dos novos projetos classificados para a segunda fase da Olimpíada Brasileira de Satélites (Obsat); programa MCTI Futuro e premiação dos medalhistas das Olimpíadas Científicas MCTI 2020.

Mais qualificação – Durante o evento, Marcos Pontes destacou as entregas que serão realizadas para a região Norte, como apoio e estímulo no processo de formação para a qualificação de jovens e mulheres na área da ciência, tecnologia e inovação.

Entre as entregas, constam 50 laboratórios remotos que ficarão espalhados por toda a região amazônica, os quais serão ministrados por cientistas que irão trabalhar a biodiversidade, bioativos, desenvolvimento sustentável, biomas; o programa Brasil Futuro que irá ofertar 40 mil vagas para formação de jovens profissionais para atuar na área de tecnologia; além do programa Mulheres Inovadoras, incentivando o interesse de meninas pelas carreiras da área de exatas, robótica e empreendedorismo.

“Um país que não tem ciência, tecnologia e inovações, é um país que fica à mercê de outros países desenvolvidos. A região Norte é uma das regiões mais importantes do planeta, que deve ser aproveitada, principalmente, a biotecnologia”, concluiu o ministro.

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