Covid-19

Amazonas entra na fase amarela, com baixo risco de transmissão da Covid-19

Comitê estabeleceu novos protocolos, a partir de 1º de novembro, para eventos esportivos e grandes eventos

O Comitê Intersetorial de Enfrentamento da Covid-19, em reunião nesta sexta-feira (08/10), após avaliar os dados relacionados à pandemia, definiu que o Amazonas está na fase amarela em relação às restrições, ou seja, em baixo risco, mas em alerta. O comitê também estabeleceu novos protocolos, que começam a valer a partir de 1º de novembro, para eventos esportivos e grandes eventos.

O cálculo executado pela Fundação de Vigilância em Saúde Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) leva em consideração a baixa transmissibilidade do vírus, além da variação de óbitos, de novos casos da doença e taxa de positividade para Covid-19.

Conforme a metodologia de cálculo do risco de transmissão da Covid-19, as fases recebem cores de acordo com a gravidade da pandemia representada em pontuação numérica: 0 pontos, risco muito baixo, fase 1 – vigilância; 1 a 10 pontos, risco baixo, fase 2 – amarela; 11 a 20 pontos – risco moderado – fase 3 – laranja; 21 a 30 pontos, risco alto, fase 4 – vermelha; mais de 30 pontos, risco muito alto, fase 5 – roxa.

“Significa dizer que estamos com baixa transmissibilidade, no entanto temos que manter a vigilância no sentido de continuar usando as medidas de prevenção, a máscara, evitar aglomerações e o uso do álcool em gel”, afirmou a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, acrescentando que o Amazonas tem a 5ª menor taxa de transmissão do país.

Conforme Tatyana, um monitoramento realizado 14 dias após o evento teste no Podium da Arena da Amazônia, que contou com a participação de público no dia 24 de setembro, não detectou nenhum novo caso de Covid-19. No pré-evento, foi feita a verificação vacinal e a testagem de 2.998 pessoas, das quais somente duas testaram positivo.

“Isso quer dizer que fazer um evento com segurança, adotando as medidas de prevenção e, principalmente, avaliando o status vacinal, e somente aqueles que tiverem duas doses ou dose única ter o passaporte para entrar, foi fundamental para o sucesso desse evento. Então que sigamos com os nossos outros eventos, mas sempre com segurança”, reforçou Tatyana Amorim.

De acordo com o secretário de Saúde do Amazonas, Anoar Samad, os números continuarão sendo acompanhados pelo Comitê de Enfrentamento. A meta, segundo ele, é alcançar 80% de cobertura da 2ª dose da vacina em adultos e 90% em adolescentes.

“Vamos seguir e que fique bem claro que a saúde vai estar de olho, fiscalizando, de olho nos números, no acompanhamento tanto do número de casos como de hospitalizações. Se houver um aumento nesse número, vamos aconselhar cancelar os próximos eventos”, afirmou Anoar Samad.

Protocolos para eventos – O Comitê Intersetorial de Enfrentamento da Covid-19, em reunião nesta sexta-feira (08/10), após avaliar os dados relacionados à pandemia, estabeleceu novos protocolos, que começam a valer a partir de 1º de novembro, para eventos esportivos e grandes eventos musicais e culturais com a cobrança de ingresso. As mudanças serão publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE).

A partir de 1° de novembro está liberada a realização de eventos sociais com a ocupação de 50%. Caso necessário e a qualquer momento, o comitê pode voltar atrás da decisão.

A venda de ingressos será apenas pela internet. No momento da compra, o participante/torcedor terá que informar dados pessoais como nome completo, telefone e endereço. Para ter acesso ao local dos shows ou partidas esportivas, será necessário validar o ingresso com leitor digital para confirmar se quem comprou é quem de fato está tendo acesso ao local do evento. Os ingressos são intransferíveis. 

Os trabalhadores do show ou da partida esportiva serão testados 48 horas antes da realização do evento. A empresa realizadora entregará fracos com álcool em gel e disponibilizará máscaras cirúrgicas. Só será permitida a comercialização e consumo de alimentos industrializados para evitar o manuseio de alimentos, o que facilita a transmissão do vírus.

Os responsáveis pela realização do evento devem exigir esquema de imunização completo para a população adulta: primeira e segunda dose ou dose única. Os menores de 18 anos de idade deverão estar com o esquema vacinal em dia.

Os organizadores terão que submeter à avaliação do comitê o planejamento nos casos de eventos com público a partir de 5 mil pessoas.

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