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Governo do Amazonas entrega certificado de imóveis para moradores que serão reassentados pelo Prosamin+

Documentos foram repassados para pessoas que vivem na área da Manaus 2000, no Japiim, e deve alcançar, inicialmente, 550 imóveis

Como parte do processo de reassentamento de famílias beneficiadas na nova fase do Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin+), o Governo do Estado começou a entregar, nesta terça-feira (23/11), os primeiros 550 certificados de imóveis para moradores da área da Manaus 2000, bairro Japiim, zona sul.

Conforme a Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), órgão que gerencia o Prosamin+, a certificação é uma das etapas no processo de reassentamento de moradores de áreas de risco alcançadas na nova etapa do programa, lançada pelo governador Wilson Lima. O órgão iniciou o mapeamento das famílias há um ano e, com a entrega do documento, moradores cadastrados cujos imóveis já possuem o selo do programa estarão aptos a abrir os processos de reassentamento na Superintendência de Habitação do Amazonas (Suhab).

De acordo com o coordenador da UGPE, Marcellus Campêlo, inicialmente 550 imóveis receberão os certificados e, conforme o avanço das obras, as equipes farão o mesmo procedimento em novos locais. O objetivo é alcançar todos os 2.580 imóveis previstos para serem reassentados na área de abrangência do Prosamin+, que contempla parte das zonas sul e leste de Manaus.

“Nós começamos esse processo aqui, desde a comunidade da Sharp, na zona leste, até a Manaus 2000. No total, serão 648 unidades habitacionais, porém nós temos 2.580 famílias que sairão de área de risco e inundação ou de intervenção de obras”, explicou.

Segundo Campêlo, o Prosamin+ oferece soluções de moradia que vão além dos conjuntos residenciais construídos nas áreas de intervenção do programa.

“Parte (dos beneficiários) receberá bônus-moradia, que é um valor estabelecido pelo programa que dá para a família escolher uma casa em qualquer lugar da cidade. Também tem outras soluções, como o auxílio-moradia, que é o aluguel provisório, e a própria indenização, quando se tem casas de grande porte e os valores são altos”.

Mudança – Moradora da área da Manaus 2000 há mais de cinco anos, a dona de casa Zeilza Santos Ribeiro, de 43 anos, foi uma das primeiras pessoas que receberam o certificado. Ela avaliou o programa como uma “esperança”, desde a primeira visita das equipes da UGPE.

“A gente já viu criança se afogar, a gente viu casas desabarem. Não tem coisa melhor dele (governador) ter pensado, em dar uma melhor moradia, uma boa infraestrutura. A nossa casa, acho que é um pedacinho do nosso céu, tem que ser o melhor, não é? Então nos tirar daqui, tirar esse povo daqui, eu daqui, é um sonho”.

Deney Oliveira, de 50 anos, afirma que vive na localidade há mais de 20 anos. Proprietária de um pequeno comércio dentro de um beco na Manaus 2000, ela conta que sempre desejou viver em outro local da cidade, que lhe possibilitasse ampliar o lucro e atrair mais clientes.

“Vai melhorar muito porque aqui, como você vê, é um beco, e para quem tem comércio não é muito bom, não é um movimento bacana. Acredito que vai ficar muito legal. Eu acho muito bom, muitas pessoas estão precisando. A cidade vai ficar muito melhor, mais bonita, e eu espero que continuem”.

Investimentos – No Prosamin+, o Governo do Estado vai investir cerca de R$ 542 milhões, recursos financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com contrapartida do Estado.

Em sua primeira fase, o Prosamin+ vai beneficiar as famílias que residem no leito do Igarapé do Quarenta, em áreas na comunidade da Sharp e na Manaus 2000, nas zonas leste e sul, respectivamente.

O programa vai executar obras de infraestrutura, saneamento básico, urbanismo, habitação e recuperação ambiental nos bairros do Japiim, Coroado, Distrito Industrial e Armando Mendes.

Estima-se que 60 mil pessoas serão diretamente beneficiadas na nova fase, seja com habitação segura, ou com a coleta e tratamento de esgoto e água tratada, construção de parques, de novas vias, drenagem, reflorestamento e recuperação dos canais de igarapés.

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