SAUDE

Membro da SBU, cirurgião urologista reforça alerta sobre detecção de lesões de pele que podem sugerir quadros de varíola dos macacos

Reforçando um alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e a Sociedade Brasileira de Infectologia emitiram, há alguns dias, um alerta para chamar a atenção para a importância de se detectar, em tempo hábil, lesões de pele, especialmente as que podem sugerir quadros de varíola dos macacos, doença que já circula no Amazonas e que registrou sua primeira vítima fatal no Brasil, na semana passada. Membro da SBU, o cirurgião urologista da Urocentro Manaus, Dr. Giuseppe Figliuolo, destaca que notificar casos suspeitos ajuda a evitar a disseminação da doença e também os chamados subdiagnósticos.

Segundo Figliuolo, a SBU também lançou uma cartilha com orientações sobre a doença (em anexo). A varíola dos macacos, também conhecida como Monkeypox (hMPXV – Human Monkeypox Virus, na sigla em inglês), é considerada uma doença viral, cujos sintomas, tais como febre, dores de cabeça, dores musculares, aumento de volume dos gânglios linfáticos, fadiga e lesões de pele avermelhadas com sinais de inflamação ou erupções, podem ser confundidos com os de outras doenças.

“Algumas dessas lesões se assemelham, por exemplo, às provocadas pelas chamadas ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis). Inclusive, o contato sexual é uma das vias de transmissão, além das secreções respiratórias e o contato com superfícies e objetos contaminados”, explicou. De acordo com ele, o abraço e o beijo também podem viabilizar a transmissão.

No Amazonas, uma pessoa foi diagnosticada com a doença e pelo menos outras quatro estão em investigação, segundo dados da Fundação de Vigilância em Saúde (FV). “É importante frisar que os casos suspeitos devem ser informados à Vigilância Sanitária dos estados, para investigação e possíveis diagnósticos, que no Amazonas, têm sido feitos pela Fiocruz”, explicou Giuseppe Figliuolo, que também é doutor em saúde coletiva.

O alerta serve para a população em geral, mas, especialmente, à comunidade médica, responsável por analisar os casos que dão entrada em unidades de saúde, públicas e privadas, e que podem sugerir contaminação.

No Brasil, quase mil casos de monkeypox já foram diagnosticados, a maioria, em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, respectivamente. O crescimento no número de casos levou a OMS a declarar situação de emergência de saúde pública relacionada à Monkeypox.

Medidas que já foram incorporaras ao dia a dia da população, por conta da pandemia da Covid-19, como a utilização do álcool gel antisséptico 70% e a lavagem das mãos sempre que possível, manter o distanciamento social para evitar o contato físico, não compartilhar objetos pessoais (incluindo talheres, roupas de cama, roupas íntimas, toalhas, etc) e evitar hábitos sexuais de risco, ajudam a prevenir a doença e a bloquear o contágio. Em caso de suspeita, além de buscar ajuda médica, é importante e isolar-se para não contaminar pessoas próximas.

“Estamos em um momento importante de controle da pandemia da Covid-19 e precisamos evitar que a varíola dos macacos cause prejuízos similares à sociedade”, concluiu.

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