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Polo Industrial de Manaus fatura mais de R$ 129 bilhões entre janeiro e setembro de 2022

Na avaliação do deputado federal Marcelo Ramos (PSD-AM), o resultado mostra que o Brasil precisa investir em medidas de incentivos fiscais, que visam minimizar disparidades econômicas entre as regiões do país

Entre janeiro e setembro de 2022, o Polo Industrial de Manaus teve um faturamento de mais de R$ 129 bilhões. O total representa um aumento de 8,69% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foi registrado um faturamento de quase R$ 120 bilhões. 

De acordo com o Ministério da Economia, em setembro o polo contou com 112.510 trabalhadores empregados, entre efetivos, temporários e terceirizados. Trata-se do melhor resultado mensal do ano. O indicador representa um salto de 1,34% na comparação com agosto deste ano e de 4,72% em relação a setembro de 2021.

Na avaliação do deputado federal Marcelo Ramos (PSD-AM), o resultado mostra que o Brasil precisa das medidas de incentivos fiscais que visam minimizar as disparidades econômicas entre as regiões do país. Nesse sentido ele defende a aprovação do projeto de lei 4416/2021, que prorroga até 31 de dezembro de 2028 os incentivos fiscais para empresas instaladas nas áreas de atuação das superintendências do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e do Nordeste (Sudene). 

“A Sudam e a Sudene são os órgãos de desenvolvimento regional da Amazônia e da região Nordeste, onde estão os piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país. Então, você ter políticas de incentivo nessas regiões é fundamental para o combate à fome e ao desemprego, principalmente porque são áreas que contam com as maiores taxas desses problemas”, destaca.

Para o advogado especialista em direito falimentar e tributário, Jorge Lucas de Oliveira, se os incentivos acabarem, a capacidade de investimento das duas regiões será reduzida de maneira considerável. Por isso, ele defende que haja um avanço dessas medidas. 

“Quanto mais o governo investir nessa política de incentivos fiscais, maior será a tendência de atrair novos investimentos. São usados critérios regionais por segmentos industriais. Tudo no propósito de gerar empregos e fomentar a economia nacional”, considera. 

Sudam

A Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional. O objetivo da Sudam é promover desenvolvimento includente e sustentável para os habitantes da Amazônia Legal. 

A Sudam atua em quase 60% do território nacional, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão, considerando as riquezas naturais com diferentes biomas, a diversidade econômica, sociocultural, étnica e o potencial geopolítico e estratégico da região.

Em relação aos projetos aprovados no exercício de 2021, no âmbito da Sudam, estima-se que o valor de investimentos existentes, desde a instalação das unidades, seja de quase R$ 13 bilhões em inversões fixas e R$ 26 bi em capital de giro. Já em relação aos empregos, as unidades incentivadas contam com um quadro de mão de obra total de 30.802 colaboradores, entre antigos e novos.

Quanto ao exercício de 2022, as inversões fixas somam R$ 7,7 bi e o capital de trabalho está na ordem de R$ 10 bilhões. Em relação à mão de obra, as unidades referentes aos projetos aprovados no exercício reportaram o quantitativo total de 18.164 colaboradores, entre antigos e novos.

Sudene

A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) compõe um programa de desenvolvimento regional da região. O objetivo é promover a redução de desigualdades regionais no Brasil. Para isso, o governo federal criou o programa que realiza ações de empregabilidade e incentivos fiscais com o intuito de atrair investimento de empresas e a criação de emprego nas regiões contempladas.

A Diretoria Colegiada da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) aprovou, do início de 2022 até o final de setembro, 231 pleitos de incentivos fiscais. De acordo com as companhias contempladas, foram investidos R$ 9,9 bilhões nas localidades onde tiveram seus empreendimentos implantados. Essas empresas são responsáveis pela manutenção de 122 mil empregos, dos quais 11.848 são novos postos de trabalho. 

Entre 2013 e 2020, mais de 1,2 milhão de empregos foram gerados. Além disso, mais de R$ 247,7 bilhões foram investidos na região. Ainda de acordo com a Sudene, para cada R$ 1 real de renúncia são contabilizados R$ 8,15 reais em investimentos.   
 

Fonte: Brasil 61

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