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Exportações caem em receita e volume até maio

As exportações brasileiras renderam US$ 427,3 milhões nos cinco primeiros meses de 2023

Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais (Abirochas), as exportações brasileiras renderam US$ 427,3 milhões nos cinco primeiros meses de 2023, uma queda de 12,3% sobre o mesmo período do último ano. Em volume, as vendas externas somaram 703,8 mil toneladas, uma retração de 16,5% sobre o mesmo período de 2022.

As vendas de rochas carbonáticas brutas totalizaram US$ 9,7 milhões e 18,6 mil toneladas, o que representa decréscimos de 27,9% e 25,8%, respectivamente, no período considerado. Já a comercialização de rochas silicáticas e silicosas brutas, por sua vez, somou US$ 84,2 milhões e 295,7 mil toneladas, com quedas de respectivamente 22,5% e 22,2% frente a 2022. As exportações de rochas processadas simples, especiais e produtos acabados somaram US$ 333,4 milhões e 389,5 mil toneladas, representando 78% do faturamento e 55,4% do volume físico do total exportado entre janeiro e maio de 2023.

Tanto o faturamento quanto o volume físico das exportações caíram 8,7% e 11,1%, respectivamente, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em termos de faturamento, a queda do volume físico de alguns produtos exportados foi parcialmente compensada pelo incremento de seu preço médio, como no caso dos blocos de quartzito, ardósias trabalhadas, pedra-sabão e, menos expressivamente, chapas de mármore. O aumento da participação de rochas processadas nas exportações, de 75% para 78% no faturamento, e de 52% para 55% em peso, resultou na elevação de 5% do preço.

Já as importações de rochas ornamentais e de revestimento somaram US$ 10,9 milhões e 21,9 mil toneladas até maio, um crescimento de 3,3% e 0,6%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2022. Essas importações são principalmente concentradas em rochas carbonáticas, brutas e processadas, pelas posições. As importações de pedra Hijau, procedentes da Indonésia, foram expressivas, além das rochas carbonáticas (sem acabamento de face) e não blocos.

A retração do faturamento e do volume físico das exportações brasileiras de rochas até maio de 2023 foi impactada pela variação negativa do valor das exportações para EUA (-14,3%) e China (-28,7%). O desaquecimento dos EUA teve maior influência na queda do faturamento e, da China, no volume físico das exportações em 2023. A expectativa é de que tenha uma recuperação das vendas externas para 2023, pois algumas dificuldades ligadas à economia global e particularmente dos EUA e China (principais clientes), não deverão ser superadas em curto e médio prazos. No mercado de revestimentos dos EUA continuará havendo forte pressão das importações e da produção interna de rochas artificiais e, sobretudo de porcelanatos, com deslocamento dos materiais rochosos naturais. Os materiais artificiais e porcelanatos estão ocupando cada vez mais o espaço dos naturais para countertops.

Na China, por sua vez, as taxas baixas de crescimento da economia e da construção civil não devem voltar aos patamares de anos recentes, limitando as importações chinesas de rochas ornamentais e também abrindo espaço para a crescente produção interna de rochas artificiais e porcelanatos.

A Abirochas considera essa nova condição de mercado como uma oportunidade para o Brasil se programar para a comercialização internacional de produtos acabados para o atendimento de obras, sobretudo no mercado dos EUA e do Oriente Médio, através de exportações diretas ou de offshore trading. Segundo a associação, a Itália está aperfeiçoando a produção de porcelanatos com estética semelhante à das rochas exóticas brasileiras, inclusive criados por Inteligência Artificial.

Fonte: Brasil 61

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