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Pneumologista da SES-AM fala sobre doenças respiratórias causadas pelo Verão Amazônico

A propagação pode ocorrer via gotículas ou aerossóis com vírus dispersos no ar, objetos e contato humano direto

As temperaturas altas pedem cuidado redobrado, devido as doenças que podem aparecer neste período conhecido como Verão Amazônico. O alerta é da Secretária de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), por meio do pneumologista Gilson Martins, que informa sobre formas de prevenção e explica quais as doenças mais comuns neste período. 

Segundo ele, entre os meses de junho a novembro podem ocorrer infecções virais no trato respiratório, que é composto da via aérea superior ou nasofaríngea, e inferior ou pulmonar. Existe sazonalidade na prevalência dos vírus, ou seja, variação no número de casos, dos quadros de infecção viral do sistema respiratório, ao longo do ano, de acordo com o tipo de vírus que causa a infecção. 

O médico informa que os vírus, e as suas subvariantes, mais conhecidos são vírus da influenza humana. “Uma das principais causas de gripe; rinovirus, observado em resfriados; vírus sincicial respiratório, que pode gerar bronquiolites, uma inflamação aguda dos bronquíolos terminais nas crianças; coronavírus, o mais recente causador de pandemia, metapneumovirus e dentre outros”, destacou. 

“Esses vírus podem ocasionar, geralmente, a depender de alguns fatores, outros quadros como a faringite, amigdalites, otites, traqueobronquite, bronquites, e até mesmo pneumonia viral, a qual foi muito descrita na pandemia do coronavirus. E existe, também, a possibilidade de infecções por mais de um vírus, como observados em estudos de síndrome respiratória aguda grave”, complementa o especialista. 

Pessoas com predisposição 

De acordo com o pneumologista, o vírus da gripe pode acometer a população o ano todo. Ele destaca que um estudo feito pela pesquisadora Fabrícia Sobrinho, em crianças menores de cinco anos, em Manaus, demonstrou que o vírus sincicial respiratório, é mais prevalente no inverno, mas com casos sendo detectados mesmo no verão amazônico.  

Alguns fatores podem aumentar o risco de propagação na comunidade como poder de transmissibilidade, comportamento humano e condições que possam afetar a imunidade do indivíduo.  

Propagação 

Pode ocorrer via gotículas ou aerossóis com vírus dispersos no ar, objetos e contato humano direto. Sendo que a permanência do vírus irá depender, por exemplo, do tamanho, temperatura do ambiente, e umidade do ar.  

Precaução 

O especialista informa ainda sobre algumas medidas que podem reduzir esses impactos, que vão além de verificar as recomendações médicas para a vacinação. 

“Usar máscara, principalmente em ambientes fechados quando estiver gripado, ao tossir cobrir a boca, evitando usar as mãos, pode usar um pano, papel ou usar a região interna do cotovelo, além de lavar as mãos, que ajuda a reduzir a transmissibilidade de doenças virais 

Unidades Básicas de Saúde 

Em caso de sintomas leves, a recomendação é para que o paciente busque as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e em casos mais graves, como insuficiência respiratória, a orientação é procurar as Unidades de Pronto Atendimento (Upas). 

FOTO: Divulgação/ SES-AM 

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