Uma em cada cinco mulheres sofre de enxaqueca crônica
Se estima que 15% da população mundial tem enxaqueca. É a segunda forma mais comum de cefaleia, atrás somente da dor de cabeça tensional. Apesar de ser comum em ambos os sexos, mulheres são 3 vezes mais propensas a ter enxaqueca do que homens, fator que influencia no sub-tratamento da doença. A campanha Maio Bordô, uma colaboração da CDD com a farmacêutica Amgen e busca conscientizar a respeito da importância de um diagnóstico correto para a enxaqueca, de forma a ter tratamento adequado para esta condição.
Pesquisas mostram que a prevalência de enxaqueca em meninas e meninos é equivalente, porém estes dados se alteram a partir da puberdade, quando a enxaqueca passa a ser parte da vida de 20% da população feminina. Isto ocorre especialmente por conta da influência do ciclo hormonal das mulheres. O estrogênio, hormônio responsável pelo desenvolvimento e regulação do sistema reprodutivo da mulher, também tem ligação com os reguladores químicos neurológicos que afetam nossa sensação de dor. Portanto a oscilação e queda hormonal podem se transformar em gatilhos para a enxaqueca. O que acontece é que esta oscilação é comum durante a vida reprodutiva das mulheres. Podendo ocorrer na gravidez e puerpério, na perimenopausa ou reposição hormonal, e principalmente no ciclo menstrual.
Quando a mulher está prestes a menstruar, o nível do estrogênio está em seu momento mais baixo. Isto faz com que o período pré menstrual seja um dos principais desencadeadores de crises de enxaqueca nas mulheres. A enxaqueca menstrual geralmente ocorre entre dois dias antes até três dias após o início da menstruação, e os sintomas não diferem da enxaqueca comum: dor, náusea e vômito, fotofobia, entre outros. O tratamento pode envolver o uso de anti-inflamatórios, triptanos, mas também é bastante comum a prescrição de determinados tipos de anticoncepcionais hormonais, por isso é importante buscar auxílio médico em caso de suspeita de enxaqueca.
Um dos grandes problemas relativos à enxaqueca é a percepção da dor de cabeça, mesmo crônica, como algo comum, ou um simples sintoma de estresse, particularmente ligado ao sexo feminino. Ainda que estresse possa também ser um gatilho para enxaqueca e outros tipos de cefaleia, é importante ter a compreensão de que “essa patologia pode gerar um grande impacto diretamente na vida em diversos âmbitos, incluindo o profissional, não se tratando de uma simples “frescura”, como ainda é erroneamente encarado em diversas situações” conforme explica a vice-presidente da CDD, Giulia Gamba.
SOBRE A CDD – A associação Crônicos do Dia a Dia é uma organização sem fins lucrativos. Desde 2018, tem como missão apoiar todo o potencial humano para ampliar as perspectivas das pessoas que convivem com condições crônicas de doença. A partir dos pilares de trabalho de Responsabilidade social, Qualidade de vida, Políticas Públicas, Pesquisa e Informação, desenvolve projetos e campanhas para fortalecer o diagnóstico precoce, conscientizar sobre sintomas, contribuir com a construção de políticas públicas efetivas, tratamentos e vivências com os diagnósticos. A campanha de conscientização Maio Bordô tem o apoio social da Amgen.