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Marinha autoriza que Grupo Chibatão instale píer flutuante provisório em Itacoatiara para amenizar impactos da estiagem no Amazonas

Ideia pioneira anunciada em abril deste ano facilitará as operações de logística na região no período da seca

A Marinha do Brasil concedeu autorização ao Grupo Chibatão para a instalação de um píer flutuante provisório em Itacoatiara, sendo uma solução logística pioneira para amenizar os impactos da vazante prevista para este ano. A autorização foi concedida nessa quinta-feira (23/05).

O píer poderá entrar em funcionamento de setembro a dezembro de 2024, cobrindo o período crítico da estiagem na região. No local, a atracação e desatracação dos navios serão realizadas exclusivamente durante o dia, com assistência de rebocadores azimutais para manobrar os navios garantindo segurança em todas as operações.

Os debates até a concessão da autorização foram encabeçados pelo Grupo Chibatão, em parceria com outros associados do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), assim como o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Associações de Praticagens e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

O diretor executivo geral do Grupo Chibatão, Jhony Fidelis, destacou que essa antecipação de medidas de combate aos efeitos da seca são fundamentais para não prejudicar o abastecimento de insumos aos municípios do Estado. Segundo o gestor, anualmente em Manaus é movimentado mais de 750 mil contêineres.

Ainda de acordo com Fidelis, dragagens preventivas devem ocorrer na Região do Tabocal e na Enseada do Madeira próximo ao município de Itacoatiara, para facilitar a navegação e o transporte de mercadorias. “Com rios mais profundos e amplos, as embarcações podem transportar mais carga de forma eficiente, não afetando o abastecimento das cidades do Estado. A população, a indústria e o comércio dependem dos nossos rios”, disse.

O Capitão dos Portos da Amazônia Ocidental, Capitão de Mar e Guerra André Carvalhaes, explicou que a Marinha do Brasil analisou a demanda do Grupo Chibatão e emitiu o “Nada a Opor” para a instalação da estrutura provisória de atracação e operação, pois a medida contribuirá consideravelmente com a região.

“Essa medida em caráter excepcional está no contexto das ações mitigadoras de risco para o período de estiagem. A Marinha do Brasil considera que o momento é de buscar soluções criativas e inovadoras, tais como essa do Grupo Chibatão, mantendo a segurança das operações. Nossa instituição reforçou as equipes de análise para dar mais celeridade aos processos dessa natureza e permanecemos prontos para analisar quaisquer outros que venham adotar tais medidas mitigadoras, contribuindo para a região do Amazonas e para a segurança da navegação”, garantiu o Carvalhaes.

Fidelis mencionou ainda que a estiagem não é algo novo e que historicamente sempre houve dificuldades nesse sentido. Ele destacou a importância de não permitir que situações semelhantes às ocorridas em 2023 se repitam. Por isso, em 16 de abril deste ano, entregaram um relatório ao DNIT, em Brasília, sinalizando que a seca prevista para 2024 poderia ser ainda superior à do ano anterior. Ele explicou que a instalação do píer provisório oferece uma alternativa viável e segura, que se complementa à ação de dragagem planejada para as regiões do Tabocal e Enseada do Madeira.

Fotos: Grupo Chibatão/Arquivo

Contatos para a imprensa: Ideia Mídia – Rafael Seixas (92 – 98156-8906).

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