Sudeste concentra a maioria das startups brasileiras
O estudo Startups Mindscape 2024 revelou que a região Sudeste do país concentra o maior número de startups (77,89%), seguida pela região Sul (14,42%), Centro-Oeste e Nordeste (ambas com 2,88%) e, por último, a região Norte, com apenas 1,92% dos empreendimentos.
Esse levantamento produzido pelo TEC Institute, com realização da MIT Technology Review Brasil em parceria com o Google Cloud, ouviu mais de 100 fundadores e cofundadores de startups brasileiras para identificar e compreender o impacto dos desafios do mercado sobre o estado emocional desses empreendedores.
Com relação ao comportamento dos investidores, o estudo mostra uma possível relação entre o excesso de confiança e o fracasso no empreendedorismo. Aqueles que tinham bons conhecimentos, mas falharam, representavam 49%, enquanto aqueles sem bons conhecimentos, e que também falharam, eram 25%. Já 88% dos que possuíam bons conhecimentos estavam confiantes, assim como 77% dos que não tinham conhecimento suficiente.
Para o empresário Junio William Ferreira, CEO e fundador da Aluga Aí, startup especializada em locação de veículos executivos para companhias e terceirização de frotas, o mercado brasileiro está em expansão, mas acredita que “os desafios do setor ainda sejam imensos”.
“Acredito muito nesse sistema de trabalho. O fundador de uma startup precisa ser ouvido, afinal, trazemos as maiores soluções tecnológicas para o mercado”, diz.
Nesse sentido, o estudo revela que 28% dos respondentes disseram que a maior dificuldade na obtenção de conhecimento e investimento foi, justamente, a falta de acesso a uma rede de contatos que os conectasse aos investidores. Além do capital, a falta de mentoria, contatos com outros empreendedores, informações sobre gestão de negócios e suporte tecnológico foram citados por 16% dos entrevistados.
De acordo com 51,92% dos respondentes, o maior desafio no início do empreendimento foi encontrar pessoas qualificadas. Além disso, a necessidade de delegar mais e centralizar menos também se destacou, representando um desafio considerável, indicado por 22,12% dos fundadores. “Mesmo com todos os desafios encontrados, o mercado está em forte crescimento. Eu acredito que em poucos anos teremos várias startups figurando também no cenário internacional”, conclui Ferreira.
O levantamento mostrou ainda que o investimento em startups no Brasil é predominantemente de homens (81%), autodeclarados brancos (69,23%), heterossexuais (87,50%) e com idade entre 25 e 44 anos (74,04%).