Governo do Estado não paga profissionais da UTI em Parintins e situação dos trabalhadores se agrava
Os servidores da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Parintins enfrentam graves dificuldades devido aos atrasos constantes no pagamento de seus salários, de responsabilidade do Governo do Estado do Amazonas, liderado pelo governador Wilson Lima (UB). Além disso, o fornecimento padrão de medicamentos e insumos, também sob a responsabilidade do governo estadual, que todo o hospital do Amazonas recebe, não atinge o padrão de 50% desde o ano passado.
Antes do 57º Festival Folclórico de Parintins, realizado em junho, os salários estavam atrasados há seis meses. Para evitar escândalos durante o evento e diante da ameaça de greve dos funcionários, foi efetuado o pagamento referente ao período de dezembro de 2023 a maio de 2024. Agora, está pendente o vencimento de junho, e com a proximidade do mês de agosto, a situação se agrava, com praticamente 2 meses de atraso, junho e julho.
A falta de comprometimento do governo estadual também afeta o padrão de medicamentos
no Hospital Jofre Cohen, referência para a região do baixo Amazonas, que atende não só os pacientes de Parintins, mas também de toda a área circunvizinha. Desde o ano passado, a entrega de medicamentos não chega a 50% do necessário. Em janeiro de 2024, o hospital recebeu apenas 30% dos medicamentos requisitados; em fevereiro, 32%; em março, 44%; em abril, houve uma queda para apenas 18%; e em maio, 23%. Em junho, 49% dos medicamentos foram entregues. As 12 toneladas mencionadas pelo governador Wilson Lima, entregues em junho, referem-se a pedidos anteriores que estavam pendentes. Durante o festival, o hospital não recebeu nenhum outro suporte do governo, apesar de ter atendido mais de 6 mil pacientes, incluindo mais de mil de municípios vizinhos e outros estados.
O pagamento regular dos salários e o abastecimento de insumos e medicamentos são essenciais para garantir a continuidade dos serviços de saúde e a motivação dos profissionais que atuam na linha de frente, especialmente em uma unidade crítica como a UTI. A irregularidade no fornecimento de insumos e medicamentos compromete a qualidade do atendimento à população e o bem-estar dos servidores, que têm cobrado insistentemente uma solução para este problema.
É importante lembrar que, durante a pandemia de COVID-19, o governador Wilson Lima enfrentou severas críticas pela gestão da crise sanitária no Amazonas, que incluiu a falta de oxigênio nos hospitais, resultando em uma tragédia humanitária. A atual situação dos atrasos salariais e dos medicamentos e insumos adiciona mais um capítulo preocupante à administração estadual, impactando diretamente a vida dos trabalhadores e da população de Parintins.