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Simulação de alta tecnologia garante viabilidade e segurança do píer flutuante do Grupo Chibatão em Itacoatiara

Seguindo uma série de iniciativas inovadoras para mitigar os efeitos da seca no Amazonas, o Grupo Chibatão realizou, em São Paulo, simulações avançadas de atracação e desatracação que garantiram a viabilidade e segurança da instalação de um píer flutuante provisório em Itacoatiara. O projeto, autorizado pela Marinha do Brasil, visa facilitar as operações logísticas durante o período crítico de estiagem, de setembro a dezembro de 2024.

Na sede da Technomar Engenharia, uma equipe de práticos, técnicos, engenheiros e o capitão dos Portos da Amazônia Ocidental, André Carvalhaes, utilizaram um simulador de alta precisão para replicar as condições dos rios amazônicos. “Essa etapa é crucial para garantir a viabilidade e a segurança das operações,” afirmou Jhony Fidelis, diretor executivo geral do Grupo Chibatão. “O simulador nos permite prever e ajustar manobras considerando marés, correntezas e rajadas de vento, otimizando a eficácia do píer.”

O capitão dos Portos da Amazônia Ocidental, além de elogiar a iniciativa, também falou sobre os impactos que ela pode gerar para os amazonenses. “O objetivo dessa estrutura é garantir o abastecimento contínuo da cidade de Manaus e das demais regiões do Amazonas. A economia local depende dessa logística para se manter forte, minimizando os impactos da estiagem. Queremos proteger as populações mais vulneráveis do desabastecimento.”

Praticagem – O simulador utiliza cálculos matemáticos complexos para reproduzir as condições reais do ambiente fluvial onde o píer será instalado. As simulações, projetadas em telas e dispositivos que imitam um passadiço de navio, permitem testar diversas manobras de atracação e desatracação, garantindo que as operações ocorram com máxima segurança.

“Com essa simulação estamos podendo avaliar situações de manobra observando condicionante de vento, corrente, profundidade e uso de rebocadores para identificarmos possíveis correções a serem feitas, garantindo segurança e eficiência para as operações realizadas no píer provisório”, explicou o diretor da Praticagem dos Rios Ocidentais da Amazônia (Proa), João Gilberto, que também acompanhou a atividade.

Histórico e parcerias – A ideia do píer flutuante foi anunciada em março deste ano como uma solução logística inovadora para os impactos da seca. No ano anterior, a seca causou prejuízos significativos para Manaus e a Zona Franca de Manaus, com interrupções no abastecimento de insumos e dificuldades logísticas que afetaram a produção industrial e o comércio local. A Marinha do Brasil concedeu a autorização em 23 de maio de 2024, destacando a importância da medida para a segurança da navegação e a mitigação dos riscos durante a estiagem.

A criação do projeto é fruto de debates e cooperações encabeçadas pelo Grupo Chibatão, em parceria com a Marinha, Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), o DNIT, a Antaq, a Sedecti, Associações de Praticagens e a Suframa. “Essa antecipação de medidas é fundamental para garantir o abastecimento de insumos aos municípios do Estado,” destacou Jhony Fidelis.

Dragagens Preventivas – Além da instalação do píer, estão previstas dragagens nas regiões do Tabocal e Enseada do Madeira, próximas a Itacoatiara, para facilitar a navegação e o transporte de mercadorias, uma movimentação que também teve a participação ativa do Grupo, que inclusive com representantes da praticagens, entregou estudos técnicos como batimetrias da região ao DNIT para não apenas acelerar, mas também facilitar o processo de licitação e contratação das empresas que realizarão o serviço.

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