Bosque da Esperança investe em inovação tecnológica e acolhimento
O setor funerário no Brasil vem passando por uma transformação silenciosa, mas significativa. A união da inovação tecnológica ao acolhimento humano em momentos de despedida é uma das mudanças. No Bosque da Esperança, em Belo Horizonte, essa tendência, chamada de death tech, já é realidade e se reflete na ampliação de serviços que buscam oferecer mais conforto às famílias e homenagens únicas aos entes queridos.
Nos últimos anos, a instituição tem registrado aumento na procura por serviços diferenciados que vão desde o velório online e a criação de memoriais digitais até experiências imersivas no momento da despedida. O objetivo é tornar a cerimônia mais acolhedora, respeitosa e personalizada.
Entre as principais inovações, destacam-se:
- Salas de velório premium: recentemente reformadas, contam com iluminação moderna e capacidade para até 150 pessoas em ambiente privativo;
- Sala imersiva: espaço com projeção em 360 graus, música ambiente e experiência multisensorial para a última homenagem;
- Memoriais eletrônicos: substituindo o tradicional livro de presença, permitem que mensagens enviadas pelo celular sejam exibidas em painéis de televisão durante o velório e posteriormente disponibilizadas para a família em um ambiente digital seguro, que preserva fotos, vídeos e recordações.
“Nosso objetivo é transformar o momento da despedida em uma experiência mais acolhedora e significativa para as famílias. Com as inovações que implementamos, conseguimos unir tecnologia e humanidade, oferecendo ambientes modernos, homenagens personalizadas e serviços digitais que perpetuam a memória dos entes queridos. O retorno das famílias tem sido extremamente positivo e nos mostra que estamos no caminho certo ao ressignificar o papel do setor funerário”, destaca o CEO do Bosque da Esperança, Ricardo Ribeiro.
O conceito death tech e o crescimento do setor funerário
Segundo levantamento da instituição Zurik Advisors, feito a pedido do Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil (Sincep), o mercado brasileiro fatura cerca de R$ 13 bilhões ao ano, volume ainda muito abaixo dos americanos, cuja previsão para até 2027 é da ordem de US$ 42 bilhões, de acordo com a Global Absolute Markets Insights. No mundo, dados do The Business Research Company mostram que o setor movimentou US$ 102,6 bilhões em 2020, com projeção de crescimento médio ponderado (CAGR) de 10,7% até 2026, podendo gerar um faturamento global de US$ 170,4 bilhões.
De acordo com Ribeiro, tais indicadores sugerem que a inovação tem contribuído para um crescimento expressivo na procura pela assistência funerária no Brasil e no mundo, refletindo uma tendência de humanização e modernização desses serviços, que se alinham a movimentos globais conhecidos como death tech. O conceito é utilizado para definir o uso da tecnologia no setor funerário, com o objetivo de modernizar, digitalizar e automatizar serviços, inclusive com a adoção da inteligência artificial. A proposta da death tech é integrar recursos digitais e inovações que facilitem desde o planejamento antecipado de funerais até o apoio emocional no período de luto, tornando o processo de despedida mais acolhedor, eficiente e acessível.
Em países como Estados Unidos e Reino Unido, já são comuns plataformas que oferecem agendamento online de cerimônias, transmissões virtuais de velórios e ferramentas digitais voltadas ao acompanhamento psicológico das famílias. “Mais recentemente, sistemas de inteligência artificial também têm sido incorporados para automatizar etapas burocráticas e oferecer orientações personalizadas, ajudando a reduzir o peso emocional em momentos delicados”, conclui o CEO.