Evento une ancestralidade e bem-estar no Grande Hotel Araxá
De 9 a 12 de outubro, o Grande Hotel Termas de Araxá, em Minas Gerais, foi palco da primeira edição do ReflorestaMente, uma imersão voltada ao autocuidado, à regeneração e ao protagonismo feminino. O evento, realizado em parceria com Cleicí Patauá, liderança indígena, advogada e especialista em ESG, reuniu 20 mulheres de diferentes áreas para vivências que integraram práticas terapêuticas e ancestrais nas dependências do hotel.
A programação incluiu momentos de silêncio, partilha e escuta, com atividades como a cerimônia “A Noite da Floresta”, o ritual “Corpo-Templo”, o “Cochilo Regenerativo” e a vivência “Respiração das Árvores”. O encerramento contou com a Cerimônia da Escuta Sagrada, conduzida pela cantora e jornalista indígena Djuena Tikuna, que apresentou cantos tradicionais em língua Tikuna.
O encontro buscou propor uma reflexão sobre o papel da mulher e da reconexão com a natureza em um contexto contemporâneo. Como destacou Cammila Yochabell, fundadora da Jobecam: “Foi uma experiência transformadora. O cuidado em cada detalhe, a profundidade das vivências e a energia do lugar fizeram deste encontro algo que vou carregar comigo por muito tempo”.
O evento marcou mais um capítulo da história do Grande Hotel, inaugurado em 1944, que se consolidou ao longo das décadas como um destino termal do país. Construído sobre um solo de formações vulcânicas, o local é abastecido por fontes de águas sulfurosas e radioativas, conhecidas por suas propriedades terapêuticas. Essa herança natural contribuiu para o desenvolvimento do turismo de saúde e bem-estar na região do Triângulo Mineiro.
Após o encontro em Araxá, o ReflorestaMente seguirá para São Paulo, com uma roda de conversas na sede do LinkedIn, no dia 24 de outubro, reunindo líderes e executivas para discutir temas como autocuidado e regeneração. A proposta é que a iniciativa se torne anual, tendo o Grande Hotel Termas de Araxá como o espaço de integração de saberes ancestrais com iniciativas de regeneração e autoconhecimento.
Legado termal e histórico
Fundado na década de 1940, durante o governo de Getúlio Vargas, o Grande Hotel Termas de Araxá nasceu de um projeto que buscava fortalecer o turismo e a cultura de Minas Gerais. Foi o ponto alto do chamado Circuito das Águas, iniciativa que incluiu a construção de hotéis e cassinos em várias cidades do estado.
Erguido sobre um solo de formações vulcânicas, o Grande Hotel é abastecido por fontes minerais únicas, conhecidas por suas propriedades terapêuticas. Essa herança natural atrai visitantes para Araxá, interessados nas propriedades medicinais de suas águas e em experiências voltadas à saúde, ao equilíbrio e bem-estar.
As águas sulfurosas são tradicionalmente associadas à cicatrização e ao alívio de dores, enquanto as águas radioativas favorecem a renovação corporal e o equilíbrio mental. No spa termal, essas propriedades são potencializadas por meio de terapias complementares, massagens e tratamentos estéticos que combinam ciência, natureza e tradição.
Além das termas, o hotel oferece uma gastronomia inspirada na hospitalidade mineira e na valorização da brasilidade, baseadas em produtos regionais e ingredientes sazonais.
A arquitetura projetada por Luiz Signorelli, jardins de Burle Marx e o acervo preservado de mobiliário e obras originais da época compõem o conjunto histórico e cultural que hoje abriga eventos, retiros e experiências voltadas à saúde integral e à reconexão com a natureza.
A programação de lazer é pensada para cada visitante. As crianças vivem aventuras ao ar livre com os Aventureiros, time de recreação do hotel, explorando a natureza e deixando as telas de lado; os casais redescobrem o vínculo e o descanso em imersões de bem-estar; famílias compartilham momentos de lazer, cultura e gastronomia e a melhor idade encontra acolhimento, leveza e uma rotina que une história, cuidado e convivência.