Fundo Soberano Paulistano prevê gerar 1bilhão em 4 anos
O plenário da Câmara Municipal de São Paulo aprovou, na última sessão de 2023, uma emenda ao orçamento municipal, que cria uma dotação específica destinada à implementação do Fundo Soberano Paulistano. A proposta de criação do Fundo foi apresentada pela vereadora Janaína Lima (MDB), que estabelece receber 0,20% do orçamento da cidade, estimado em R$110,7 bilhões, um dos maiores orçamentos do país. Com isso o Fundo prevê gerar R$ 1 bilhão nos próximos 4 anos.
Os fundos soberanos, que a cada dia ganham mais espaço no ecossistema atual, são fundos de investimentos criados e administrados por governos, que têm a função de gerir recursos de maneira eficiente e desburocratizada, tendo maior rentabilidade e o resultado é reinvestido em áreas essenciais para a população.
O Fundo Soberano Paulistano tem por objetivos investir em segmentos estratégicos como inovação, tecnologia e ESG, visando o perfil de empresas com potencial de ganho de escala, independente do estágio em que o negócio se encontra. Segundo Janaína Lima. “O Fundo tem o potencial de ser um instrumento crucial para fortalecer a economia local, impulsionar investimentos em inovação e tecnologia, garantindo assim um futuro próspero para as gerações vindouras”.
A maior inspiração se encontra no Fundo Soberano Norueguês, que possui uma carteira de US$ 1,4 trilhões de dólares, com investimentos em mais de 9.000 mil empresas espalhadas pelo mundo, como a Apple, Samsung, Nestlé, Itaúsa, Magazine Luiza e Petrobras que contam com alguns de seus investimentos.
Para se ter uma ideia, o Fundo Norueguês obteve lucro de US$ 143 bilhões de dólares apenas no primeiro semestre de 2023, alavancado pelo setor de tecnologia. O lucro do Fundo Norueguês é reinvestido na sociedade, o que se traduz no melhor Índice de Desenvolvimento Humano do Mundo.
O Fundo Paulistano vem somar a outras iniciativas como o Fundo Soberano do Brasil, vinculado ao Ministério da Fazenda, que recebeu aporte inicial de R$ 14 bilhões; e o Fundo da cidade de Maricá (RJ) e do estado do Espírito Santo (ES), cujos recursos provêm dos royalties do petróleo e gás natural.